Análise de risco de crédito: quais os fatores ponderados?

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Quando um consumidor solicita um pedido de empréstimo à habitação ou um crédito ao consumo, o banco analisa a sua capacidade de conseguir cumprir com o pagamento das prestações mensais. Este processo é conhecido como avaliação da solvabilidade. Perceba, com mais detalhe, os principais fatores tidos em conta na análise de risco de crédito. 


Parâmetros da análise de risco de crédito 

A decisão de conceder, ou não, um empréstimo passa pela ponderação de diversos fatores, tais como:

  • Idade 

Este é um parâmetro importante, especialmente, quando estão em causa empréstimos que se prolongam por várias décadas, como é o caso do crédito à habitação. Pois bem, isto não significa necessariamente que uma pessoa de uma idade mais avançada não possa contratar um crédito à habitação. Mas provavelmente o prazo para o pagamento do empréstimo será mais curto, o que se refletirá numa prestação mensal mais elevada.

  • Rendimentos e situação profissional 

Se o cliente bancário não tiver um emprego fixo ou rendimentos regulares (provenientes, por exemplo, de pensões), como poderá cumprir com o pagamento das prestações mensais? Estas situações são analisadas pelos bancos para perceberem o risco de crédito. “A instituição de crédito deve ter em consideração o rendimento auferido, no mínimo, nos três meses anteriores ao momento em que avalia a solvabilidade e não deve assumir um aumento do rendimento futuro do cliente bancário”, explica o Banco de Portugal

Além disso, as instituições financeiras avaliam outro tipo de ativos que o cliente poderá apresentar como garantia para o empréstimo bancário. São igualmente consideradas as despesas regulares do cliente para perceber a capacidade do seu orçamento em suportar mais um encargo. Por isso, este deverá disponibilizar todas as informações e todos os documentos necessários para a análise de crédito. 

  • Informações sobre as responsabilidades de crédito do cliente bancário 

Através da Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal, as instituições financeiras ficam informadas relativamente aos empréstimos contraídos pelo cliente bancário. Um dos pontos determinantes para a concessão de um empréstimo é verificar se não tem outros créditos em incumprimento. 

  • Circunstâncias futuras que possam impactar a capacidade do cliente em cumprir com o contrato de crédito 

Porque os imprevistos podem acontecer a qualquer pessoa e em qualquer momento da vida, bancos analisam a capacidade de o cliente continuar a pagar as prestações do crédito caso: tenha uma redução do seu nível de rendimento; enfrente um aumento de despesas; enfrente um aumento do valor da prestação da casa (por via da subida da taxa de juros). Além disso, são ainda ponderados outros elementos relacionados com os limites para a concessão de crédito, nomeadamente: o rácio loan to value (LTV) não deverá ultrapassar os 90%; a taxa de esforço com o montante total das prestações de crédito não deverá exceder os 50% do rendimento líquido do cliente; os prazos médios dos contratos de crédito à habitação não devem ter prazos superiores a 30 anos. Já os contratos de crédito pessoal não devem superar os sete anos. 


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